Um episodio dos passatempos do Senhor:
“Logo, o Senhor Chaitanya chegou na vila 'Jalesvara'. Ele foi direto ao templo de Shiva, a deidade principal naquela vila. A deidade de Shiva-Linga era bem cuidada pelos sacerdotes brahmanas do local.
As decorações de flores no templo e na deidade eram atrativos e o perfume do incenso permeava o ar dando ao local um humor devocional estimulante. Os devotos no templo estavam cantando, tocando instrumentos musicais, e dançando. A ira do Senhor (por causa que o Senhor Nityananda quebrou sua danda de sanyasi) se desfez nessa atmosfera alegre. Ele deixou os sentimentos de amor devocional em Seu coração gradualmente fluir e fundir-se com a música.
Animados pela opulência e influencia no templo de Seu querido devoto (Senhor Shiva), o Senhor Chaitanya começou a dançar alegremente. O Senhor Chaitanya sabe do caráter glorioso do Senhor Shiva, pois Ele é o favorito entre Seus devotos. Se alguém desrespeita o Senhor Shiva, não seguindo o exemplo do Senhor Chaitanya, então ele não pode ser considerado um Vaishnava e todos os avanços espirituais são anulados.
Enquanto o Senhor dançava, ele fez sons alegres tão altos que até as montanhas pareciam tremer. Os devotos do Senhor Shiva estavam espantados e pensavam que o próprio Senhor Shiva tinha aparecido pessoalmente!
Os músicos e os cantores atingiram um crescendo e o Senhor ficou totalmente absorto em dançar, perdendo todo o contato com o mundo externo. Enquanto isso, Seus devotos chegaram. Mukunda começou a cantar, junto a outros. Vendo Seus queridos associados, o Senhor experimentava grande deleite e dançava mais vigorosamente enquanto os devotos dançavam ao redor Dele.
Toda a cena foi transformada dinamicamente. Lágrimas fluíram efusivamente em uma centena de córregos dos olhos do Senhor. Quem pode descrever apropriadamente todo esse acontecimento?
Este templo do Senhor Shiva foi santificado pela presença do Senhor e sua dança em frente da deidade de Shiva-Linga. O verdadeiro propósito pelo qual o templo foi construído estava realizado.”
(Um trecho do “Chaitanya Bhagavata” , Antya-Lila capítulo 2, pagina 53, por B.V. Puri Goswami)
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